Afazeres e amores, professores e educadores

Amo Martha Medeiros. Se algum dia eu conseguir escrever com 10% da capacidade que ela tem de transformar idéias e fatos banais em textos cheios de graça, humor e "verdades", já estarei satisfeitíssima com o que escrevo. Enquanto isso vou tentando.
Sempre ouvi dizer que o que se faz com gosto, com prazer, com amor dá certo. E tem duas coisas que faço dessa forma diariamente, que fazem parte dos meus "afazeres" que faço, e faço e refaço com emoção todos os dias (claro que há dias que não quero e não faço nada, me dou esse direito, são os dias que chamo de "dias p/mim"). Mas voltando ao assunto, é vital na minha vida o encontro com meus alunos e escrever. Só preciso de horas diárias de descanso e a vontade aparece, planejo aulas mentalmente, escrevo textos e poesias no pensamento, ao andar na rua, ao comer, ao olhar TV com o olhar perdido. As possibilidades desafiam minha capacidade de pôr em prática todos os dias.
E, em alguns momentos me pego pensando em como é grande o número de professores e como é pequeno o número de educadores. Tanto um como o outro possue formação, capacidade, inteligência,...Mas o que os diferencia, então?
Fui a uma formatura de pedagogos como eu a poucos dias, e ao abraçar um bom número deles, eu pensava: "Que tenham muito sucesso na carreira, mas que tenham antes um amor profundo pelo ser humano". E aí está a diferença! Um profissional em educação que só vislumbre a profissão, a remuneração, a estabilidade e que "desiste" dos seus alunos, desiste do ser humano e, por consequência desiste dele mesmo, é apenas um professor. Mas àquele profissional que (ainda e apesar de), se emociona com seus alunos, brinca, se diverte, desafia, sofre, briga...mas acredita que cada um deles é um ser em potencial capaz de mudar o mundo se quiser, este é um EDUCADOR!