terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Razão

O ser humano é insano.
Quer paz e procura
confusão, agitação, tensão...
Quer liberdade e se permite
aprisionar pelo coração.
Busca tranquilidade e
se permite ser fragilidade.
Quer harmonia e
se completa na agonia
da dor, do calor, do amor...

É...ser humano é ser
insano, profano.
É ter e não querer,
é querer e não ter.
É buscar sempre
e não achar nunca.
Ou se achar, gostar, sofrer...
e talvez, perder.
Perder o quê?
A razão.

Prisioneiro


O que nos prende e o que nos liberta?
A prisão da liberdade
ou a alma aberta?
Aberta a sonhos, fantasias, desejos,
desafios e saudades...
Que ao mesmo tempo concede
ou anula nossas vontades!

O que nos liberta e o que nos prende?
O desejo que invade a gente
ou a vontade de voar?
Ao voar a liberdade existirá,
ou, quem sabe, mais uma vez,
por entre os dedos escapará...

O que nos prende?
O que nos liberta?
A certeza incerta
ou a dúvida persistente?
E o que se sente, de repente
é que a liberdade não existe
apenas,
prende!

Suicídio

                                                                       

Eu me pergunto quantas vezes
a gente se suicida num dia?
Se suicida ao rir querendo chorar,
ao calar querendo falar.
Eu me pergunto quantas vezes
a gente se suicida num dia?
Se suicida ao consentir sem permitir,
ao existir, sem agir.
Eu me pergunto quantas vezes
a gente se suicida num dia?
Se suicida ao querer, sem poder,
ao ter, sem ser.
Eu me pergunto quantas vezes
a gente se suicida num dia?
Se suicida ao amar, sem sentir,
ao morrer, sem viver.